Cem anos de Solidão
Ultimamente tenho lido mesmo muito: descobri sob a forma de choque pessoal que gosto dos romances enfadonhos mas talentosos de Nicholas Sparks, os livros técnicos/divulgação científica continuam a cativar-me e os artigos que ainda me faltam de ler para o projecto não chegam :).
Gosto de saborear uma boa leitura, mas dou por mim a ler todo o "Uma Escolha por Amor" em duas noites, antes de adormecer, suponho que não tenha já coisas suficientes que fazer lol.
Hoje fartei-me de estar em casa com esta luz soalheira do quarto que tanta nostalgia me dá, e por isso saí até a um dos locais que mais gosto em Aveiro. Descobri-o nas aulas de campo de Ornitologia e à primeira vista não tem nada de especial mas gostei da aura daquele terreno a beira-ria onde gaivotas, galinholas e tantos outros chapinham em descanso dos seus voos, onde o horizonte é a outra margem, cheia de gruas e indústrias numa dualidade ria/indústria estranha, mas ainda assim, em aparente equilíbrio.
Encostei-me à casa de madeira vermelha que guardava o sal da antiga salina. Como é uma propriedade privada, 2 idosos olharam para mim com desconfiança quando atravessei a entrada, mas senti outra vez a pequena adrenalina de saber que ia estar onde não podia, e que sítio bonito é aquele. Abri o livro e li por muito tempo, com as mãos geladas de o segurar e quando uma das tantas aves piava mais alto, acordava e espreitava a paisagem.
Já tinha saudades de saber que a vida ainda pode ser incrivelmente simples.
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